28 de Março de 2009 O que você vai ler nas páginas seguintes são diálogos travados por duplas de executivos e conselheiros de empresas de diferentes setores a respeito de temas candentes da agenda corporativa que emergiram com a crise financeira global – responsável por contaminar, em graus variados de intensidade, a economia real. Época NEGÓCIOS convidou 20 líderes para que refletissem sobre as mudanças que afetarão o futuro dos negócios. “O mundo mudou. E agora?” – eis o mote proposto aos dez executivos incumbidos de formular as questões, na condição de entrevistadores e comentaristas. A leitura desses diálogos evidencia que, seja qual for a especialidade da companhia, nenhum dos presidentes parece ter sido apanhado de surpresa. É, afinal, uma crise de grandes proporções, anunciada pela queda de ícones de barro das finanças internacionais. A propósito, o empresário Luiz Furlan, presidente do conselho de administração da Sadia, observa a seguinte ironia histórica. Por anos, as empresas brasileiras, aturdidas pelo caos inflacionário, foram impedidas de exercitar o planejamento estratégico requerido pelas boas práticas de administração. E foram colhidas pela turbulência justamente quando se aplicavam em estruturar seu crescimento com o motor aquecido em anos recentes. O que fica claro é que a experiência das ciclotimias do passado, quando as empresas eram compelidas a exibir flexibilidade e senso de urgência, está se mostrando de grande utilidade nestes dias de incerteza. Sem sobressaltos, a maioria dos CEOs trata de minimizar os efeitos da tormenta com receitas conhecidas, que vão do corte de custos por meio da negociação com fornecedores ao adiamento de projetos de expansão, caso do grupo liderado por Eike Batista. Cautela é indispensável, mas vale a pena ouvir o que tem a dizer Marcel Telles, do grupo controlador da Anheuser-Busch InBev. Vivemos, segundo ele, um desses momentos que se convertem em oportunidades formidáveis para empresas e países extraordinários. Cautela não deve ser confundida com conservadorismo, alerta também Fritjov Capra, o inovador físico teórico radicado nos Estados Unidos que se tornou conselheiro de empresas. Em síntese, a mensagem do momento é: para ser visionário neste novo mundo dos negócios é preciso entender mudanças que vão muito além da crise.20 líderes refletem sobre o futuro dos negócios e a crise
Fonte: Época Negócios
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